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Céu de Origamis

quinta-feira, 27 de junho de 2013
Primeira resenha do Literatura Nacional õ/

Após mais um dia de trabalho, o dentista Marcos Rosalbo pretende ir a uma festa com os amigos de sua mulher e, logo depois, finalizar mais um dia de sua vida monótona.

Notando a demora do marido, Adriana Rosalbo liga para o celular e para o consultório do marido mas não há resposta, ela procura se informar no Departamento de Trânsito se algo que atrasaria o trânsito aconteceu, mas não há registro de acidentes ou nada que perturbe o tráfego.

Após horas de espera sem sucesso, Adriana comunica à polícia do desaparecimento do marido e o caso fica nas mãos do inspetor Espinosa que, mesmo com sua experiencia e astúcia, se sente procurando uma agulha no palheiro.

É possível um homem de carne e osso desaparecer como fumaça, sem deixar rastros ou pistas de seu paradeiro? Será que Marcos estava cansado de uma vida em que cada dia, cada momento era programado como um relógio, uma maquina e resolveu desaparecer? Ou ele estaria morto em algum beco escuro do Rio de Janeiro?

Um quebra-cabeças onde cada detalhe é valioso, cada palavra pode custar caro e a vida de muitas pessoas estão em jogo. Uma história em que não se deve confiar em ninguém, todos são suspeitos.
Logo depois de eu pegar Triste Fim de Policarpo Quaresma estava passeando pelas prateleiras da biblioteca quando vi Céu de Origamis e o que mais me chamou a atenção foi o fato de ele estar na prateleira errada (é mania ficar conferindo se os livros estão em seus lugares certos), depois eu fiquei um bom tempo olhando pra ele e rolou uma química tão forte que não resisti.

A capa dele é perfeita e tão simples, com seus Tsurus metalizados e essa fonte super fofa. A história do livro acontece na Cidade Maravilhosa, meu sonho de moradia, e traz o personagem central de um jeito que eu nunca li antes: como um fantasma.

Durante todo o livro, a vida de Marcos é descoberta aos poucos através de terceiros, ou seja, o personagem principal é um fantasma na memória das outras pessoas, ele está presente no livro mesmo não estando realmente presente enquanto a história é contada, ele está presente apenas nas lembranças que permitem que Espinosa solucione o mistério do desaparecimento.

Céu de Origamis é aquele livro que te prenderá do começo ao fim e te fará pensar e criar várias possibilidades para o sumiço repentino de Marcos, do começo ao fim pensei em abdução alienígena, mas só irá descobrir o que realmente aconteceu no ultimo capitulo e então você perceberá que aliens não existem mesmo parecendo muito complexo faz sentido e estava na sua cara o tempo todo.

Tentarei não cometer spoiler ao dizer que o final não é como a maioria dos livros, mas já era algo esperado. É um ótimo livro, com início, meio e fim fantásticos que valem a pena serem lidos e relidos.


Autor: Luiz Alfredo Garcia-Roza
Número de Páginas: 260
Editora: Companhia das Letras


  • Sobre o Autor:

Luiz Alfredo Garcia-Roza nasceu em 1936, no Rio de Janeiro. Formado em psicologia, foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é autor de livros sobre psicanálise e filosofia. Deixou a vida acadêmica para dedicar-se a ficção policial e às investigações do delegado Espinosa, personagem central de quase todas as suas histórias. Seu romance de estréia, O Silêncio da Chuva, recebeu os prêmios Nestlé de Literatura (1996) e Jabuti (1997). 


Bom gente, essa foi a primeira resenha do Literatura Nacional, espero que tenham gostado e que procurem ler o livro e muitos outros do Luiz pois são livros que te pegam do começo ao fim, já li um outro dele e me encantei pela forma como ele escreve e nos faz pensar.

Me digam: quais são seu autores e seus livros nacionais favoritos?

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